Outra Vez!

Outra Vez!
Não chores porque acabou... sorri porque aconteceu!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Verbo amar, no futuro mais-que-perfeito

Que ingénuo, em querer-te nos meus dias!
Se és mais, tanto mais do que sonhei…
Como podias ter gostado do tão pouco que serei?
Não, querida… não podias…

Ainda assim, não te será indiferente
Que encerre no que escrevo, enquanto duro,
A tua ausência no meu passado, no meu futuro,
E que te viva intensamente no presente.

Como posso chorar o teu riso,
Se é a felicidade que o coloca na tua face?
Antes chorar, a vida inteira, eu me ficasse,
Se eternizasse, com isso, o teu sorriso.

Eu sei, minha doce, nada disto tu pediste,
Mas ao leres aqui a minha voz,
Acalmas-te com um tu fora de um nós
Um nós falso, que só em mim existe.

Agora adeus, eterno amor, que o amor me chama.
É por amar-te que eu me vou embora,
Será amar ao saber-se quando é a hora,
De entregar quem amamos, se não nos ama!

8 comentários:

Pepita Chocolate disse...

Gostava de ter palavras para tas deixar aqui. Permite-me só que seja muito pouco imaginativa: maravilhoso, esta poersia está simplesmente maravilhosa. Pena que relate momentos que talvez não voltem.

Um beijinho!

Gemini disse...

Olá Pepita,

Eu gostava de ter palavras para agradecer as tuas!

Que melhor elogio se pode dar a umas palavras escritas que não; "maravilhoso"?

Volta. Volta, ainda que em "silêncio"! Volta sempre.

Um beijinho!

S* disse...

Adorei. :) Tens jeito. E não precisas de dizer que és romântico, isso vem espelhado na tua poesia. Demasiado sentimental para vir de alguem racional.

Gemini disse...

E sei que um dia vou encontrar quem "escreva", sinta igual!

Aqui para nós que ninguém nos lê, S*, escrever e sentir assim não é LAMECHAS, mulher!

;)))

Beijoca.

mimanora disse...

Uma maravilha mesmo!
"É por amar-te que eu me vou embora" - saber quando o fazer e ter a coragem de o fazer é a forma mais pura de amor...

Beijinhos

Gemini disse...

Olá mimanora!

Ó se é! E o que dói, assumi-lo?...

Beijinho e muito obrigado.

;))

Susana Calado disse...

Este foi o poema que me trouxe aqui...lindo, despido, transparente...fiquei com apetite de mais e fui lendo...e gostei de cada um! E depois...já não havia mais...Será que "An a Maria" não inspira na felicidade como o inpirou o desamor de outrém?...;) Vá lá Gemini, tem aqui uma seguidora:D não deixe de escrever!
Bem haja!

Gemini disse...

Olá Susana,

Já tive oportunidade de lhe pedir desculpa no seu outro comentário, pela demora na resposta, faço a mesma penitência neste! ;)

Inspira, em resposta à sua pergunta, e, concordará, o "sim" das coisas é mais vivido de forma partilhada do que o "não" das coisas. O "não" traz-nos silêncios que não escolhemos, a solidão por companhia.
Enche-nos de um vazio tão grande que, às vezes, quando não há mais nada a perder, perdemos o próprio vazio. E aí não nos sobeja espaço nenhum onde colocar o nada que temos.

Gosto de esvrever, muito. A qualidade é tão relativa que não avalio o que escrevo. Limito-me a escrever apenas a minha verdade, é essa garantia de "real" que lhes dá a beleza que retiro ao relê-los.

Este seu comentário é de extrema simpatia. Obrigado por ler e, acima de tudo, obrigado por embelezar a minha escrita com as suas palavras.

Sinta-se em casa...

Abraço.