Que ingénuo, em querer-te nos meus dias!
Se és mais, tanto mais do que sonhei…
Como podias ter gostado do tão pouco que serei?
Não, querida… não podias…
Ainda assim, não te será indiferente
Que encerre no que escrevo, enquanto duro,
A tua ausência no meu passado, no meu futuro,
E que te viva intensamente no presente.
Como posso chorar o teu riso,
Se é a felicidade que o coloca na tua face?
Antes chorar, a vida inteira, eu me ficasse,
Se eternizasse, com isso, o teu sorriso.
Eu sei, minha doce, nada disto tu pediste,
Mas ao leres aqui a minha voz,
Acalmas-te com um
tu fora de um
nós…
Um
nós falso, que só em mim existe.
Agora adeus, eterno amor, que o amor me chama.
É por amar-te que eu me vou embora,
Será amar ao saber-se quando é a hora,
De entregar quem amamos, se não nos ama!